Kethlyn Saibert

A saúde emocional em tempos difíceis

Uninter promove evento de qualidade de vida no trabalho

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Kethlyn Saibert

2020, 7 outubro · 3min de leitura

Mulher com aparência de cansada olhando para um notebook.
Uninter promove evento de qualidade de vida no trabalho

Estamos vivendo um momento histórico por causa de uma crise sanitária global. A pandemia do coronavírus obrigou o mundo todo a mudar os hábitos de relacionamento e de interação social. São tempos difíceis, não há como negar. E o medo de contaminação e o isolamento social podem resultar em quadros de estresse, ansiedade e depressão. Portanto, é importante prestar atenção nas emoções e mudanças de humor.

Pensando nisso, a Uninter promoveu a I SIPAT 360º – Semana de Qualidade de Vida no Trabalho com equilíbrio emocional. O evento virtual apresentou 10 palestras que abordaram assuntos relacionados à saúde física e mental. Durante a semana, os colaboradores da instituição recebem orientações sobre ergonomia e uso consciente da tecnologia, inteligência emocional e mindfulness, além de assistirem a uma peça de teatro e até um aulão de ginástica laboral para aliviar o estresse e propiciar relaxamento.

O coordenador psicopedagógico da Uninter, Ivo Carraro, encerrou a semana SIPAT com ensinamentos sobre comportamento e aspectos emocionais. Ele explica que todas as informações que o cérebro recebe atingem o emocional: “Todo o conhecimento humano – sem exceção – entra pelo emocional. É uma região do cérebro chamada de sistema límbico. E é responsável por receber toda a informação sensorial dos ouvidos, da boca, dos olhos, do tato”.

Segundo Carraro, é no tálamo que as informações são repassadas para outras regiões do cérebro. Ele exemplifica que é “como se fosse uma telefonista de uma empresa que recebe as informações e distribui”. Ao distribuir essas informações, quem recebe por primeiro é a amídala cerebral, que tem a função de disparar para outras partes do cérebro fazendo com que gere reações como o medo e a ansiedade.

Desta forma, como a sociedade de hoje é ultraconectada, a enxurrada de informações afeta diretamente o emocional. “Com essa avalanche de informações sobre coronavírus, estatísticas e mortes, a amídala interpreta que há perigo à vista. E quando há perigo, cria-se o medo e a ansiedade, que são faces da mesma moeda. É por isso que o coronavírus está causando medo nas pessoas, e quando há medo, também há estresse”, afirma Carraro.

Assim que o estresse se instala no emocional, o corpo também é afetado. “O estresse faz com que a pessoa não durma bem, chore muito e não preste atenção no trabalho. Além disso, a irritação atinge o físico, que resulta em problemas como o ataque cardíaco, pressão alta e dores no estômago e no corpo”, explica Carraro.

O psicólogo salienta que mudanças no comportamento precisam de atenção. Para isso, é preciso buscar o autoconhecimento. Deve-se olhar para dentro de si em um momento de introspecção e tentar compreender os fatores que afetam a saúde física e mental. Além disso, deve-se comunicar o que se está sentindo. “Busque ajuda psicológica e também procure alguém da sua intimidade para falar. É pela palavra que se tira as angústias, fazendo com que a carga emocional diminua”, aponta.

Para finalizar, Carraro deixou um recado aos participantes: “O medo é natural de todo ser humano. Quando o medo é muito alto, nós paralisamos. Mas se tivermos muito medo, nós não vivemos”. Para lidar com os medos da vida, temos que respeitar a realidade e conviver com ela”. Carraro argumenta que no caso do coronavírus, temos que respeitar as condições, adotando as medidas de proteção. Portando, o respeito é a base para se viver em sociedade. “O respeito faz o medo não evoluir e ativa outros sentimentos do cérebro, como a gratidão, a empatia e a gentileza”, conclui o psicólogo.

Para conferir esta palestra e a programação completa da I SIPAT 360º, os colaboradores da Uninter devem acessar o Univirtus e procurar pelo evento no link “Ao Vivo”.

Kethlyn Saibert

Kethlyn Saibert

Jornalista | Redatora | Copywriter

Apaixonada por comunicação, acredito que tudo começa pelo texto, até mesmo uma ideia. Sou formada em Produção Multimídia pela UniOpet e fiz Jornalismo na Uninter. Tenho experiência com redação, rádio, impresso, jornalismo digital e mídias sociais. Além disso, possuo especialização em UX Writing e atualmente trabalho como Copywriter.